martaspombo@gmail.com  | +351 915046401


I collect and use various materials as each one of them can provide a different experience and bring different everyday references.

My thought is always around collage, overlap, entanglement. I want to create strangeness in the body by merging it with other bodies and other elements. Even when I work with sculpture, painting or drawing, I’m thinking about collage, about overlapping the elements.

Because I work with different languages and materials and also with scale and repetition, I often end up working with installation, so that those who visit it are embraced or caught inside it.

My process happens throughout the day. The materials I use are mainly things I collect and accumulate — magazines, cardboard boxes, found objects, stuff from friends and family, fabrics from my grandmother, words I hear, screenshots, leaflets, posters.

My home is my studio and vice versa. The actions of collecting the materials and the process of making, are merged with my common everyday activities. This reflects in my work as it makes references to gestures and routine objects, often creating figures that appear to be in the middle of an action.

I see my work as a poetic not-corny expression of my own experience — with myself, with others, with my own body and its co-existence with other bodies. About relationships and solitudes, domain and oppression, passiveness and provocation. Both in a sweet and ironic way, because you can’t always separate sweet from ironic.



Coleciono e utilizo diversos materiais por cada um deles proporcionar diferentes experiências e trazerem diferentes referências quotidianas.

O meu pensamento está sempre em torno da colagem, da sobreposição, do entrelaçamento, quero criar estranheza no corpo pela fundição do mesmo com outros corpos e com outros elementos. Mesmo quando trabalho com escultura, pintura ou desenho, o meu pensamento está na colagem, na sobreposição dos elementos.

Por variar nas linguagens e nos materiais e por trabalhar a escala e a repetição, acabo muitas vezes por trabalhar com instalação, de forma a que quem visita seja abraçado ou apanhado dentro dela.

O meu processo de trabalho acontece ao longo de todo o dia. Os materiais que utilizo são sobretudo coisas que recolho, coleciono, acumulo - revistas, caixas de cartão, objetos encontrados, coisas guardadas, tecidos da minha avó, coisas ouvidas, screenshots, bulas, cartazes.

A minha casa é o meu atelier e vice-versa. As ações de recolher os materiais, as coleções, e mesmo o processo de fazer em si, fundem-se com as atividades comuns quotidianas e isso reflete-se no meu trabalho nas referências que faz aos gestos e objetos rotineiros, criando regularmente figuras que aparentam estar a meio de uma ação.

Vejo o meu trabalho como uma expressão poética e não piegas da minha própria experiência - comigo mesma, com os outros, com o meu próprio corpo e a sua co-existência com outros corpos. Sobre relações e solitudes, domínios e opressões, passividades e provocações. Tanto de uma forma meiga como irónica, pois nem sempre é possível separar o meigo do irónico.